A irmã do rei de Espanha, a infanta Cristina, vai ser julgada por um tribunal de Palma de Maiorca por cumplicidade nos crimes fiscais cometidos pelo seu marido, Iñaki Urdangarin, decidiu esta segunda-feira, dia 22, o juiz responsável pelo caso Nóos.
O juiz José Castro decidiu incluir a infanta Cristina entre os acusados de fraude fiscal no auto de abertura do julgamento, que foi ditado hoje.
Contra os argumentos da defesa da irmã do rei, da autoridade tributária espanhola e do procurador público, José Castro considerou que a acusação que dirige está legitimada para julgar isoladamente a infanta Cristina, que arrisca assim uma pena até oito anos de prisão.
Entretanto, a Infanta Cristina já pagou os quase 600 mil euros que o Ministério Público exige pela sua responsabilidade no caso Nóos. Este montante é metade dos fundos que, segundo a acusação, entraram ilegalmente na empresa Aizoon, detida pela Infanta e o seu marido, destinados a despesas pessoais. O procurador do Ministério Público, Pedro Horrach, considerou que a irmã do rei, apesar de não saber da origem ilícita de parte dos fundos que Aizoon recebeu, “beneficiou” deles, porque o marido os usou para pagar serviços e fornecimentos de cariz pessoal e familiar.
O procurador, no entanto, em troca, pediu ao juiz de Palma de Maiorca, que está a investigar o caso, José Castro, que não levasse a irmã do rei à barra do tribunal, porém o juiz tomou uma decisão contrária.