Os maus hábitos alimentares são o principal factor de risco responsável pelos anos de vida saudáveis perdidos em Portugal, segundo um relatório apresentado pela Direcção-Geral da Saúde, que mantém que quase metade dos portugueses tem excesso de peso.
“Os hábitos alimentares inadequados em Portugal foram responsáveis por 11,96% do total de anos de vida prematuramente perdidos, ajustados pela incapacidade, no sexo feminino, e por 15,27% no sexo masculino”, refere o relatório, citando dados compilados no ano passado, mas recolhidos em Portugal em 2010.
No caso das mulheres, logo depois dos maus hábitos alimentares surgem como principais causas para anos de vida saudáveis perdidos a hipertensão, o índice de massa corporal elevado e a inatividade física.
Já nos homens, depois da inadequada alimentação vem o fumo do tabaco, a hipertensão e o consumo excessivo de álcool.
“Todas as acções de prevenção das principais doenças crónicas devem ter em conta que a alimentação inadequada é a principal responsável pelos anos de vida saudáveis perdidos em Portugal”, refere o relatório “Portugal – Alimentação em Números 2014”.
O documento volta a apontar para uma estimativa de metade da população adulta a sofrer de excesso de peso: cerca de um milhão de adultos são obesos e 3,5 milhões pré-obesos.
O relatório aponta ainda para uma melhoria na avaliação ou notificação dos casos de pré-obesidade e obesidade, já que aumentou em 150 mil o número de pessoas registadas como obesas nos cuidados de saúde primários entre 2011 e 2013.