A população mundial está a viver mais: a expetativa de vida global passou de 65,3 anos em 1990 para 71,5 anos em 2013. Esse aumento deve-se ao facto de importantes causas de morte no mundo, como as doenças contagiosas, as cardiovasculares e o cancro, estarem em queda ou a ser tratadas de formas mais eficazes. Como consequência, as pessoas estão a morrer principalmente por problemas ligados ao envelhecimento e ao estilo de vida atual, que inclui sedentarismo, obesidade e tabagismo.
A conclusão faz parte do “Global of Burden Disease 2013”, estudo financiado pela Fundação Bill & Melinda Gates que avalia a taxa de mortalidade e todas as causas de óbitos em 188 países.
De acordo com a pesquisa, entre 2000 e 2013, o mundo registou queda significativa na mortalidade por doenças transmissíveis como a diarreia (queda de 31%), o sarampo (de 80%) e a meningite (20%). Além disso, de 1990 para cá, a taxa de mortes por doenças cardiovasculares diminuiu 14% e por problemas respiratórios crónicos, 30%. Em geral, a proporção de óbitos por cancro também caiu nesse período, uma diminuição de 18% em relação ao cancro de mama e de 9% ao de pulmão.
No entanto, algumas doenças apresentam uma tendência contrária, ou seja, possuem taxas de mortalidade cada vez maiores. Nos últimos 23 anos, o número de mortes por cancro do fígado causado pela hepatite C, por exemplo, mais do que dobrou no mundo, enquanto os óbitos provocados pelo abuso de drogas cresceram 63%. Nesse período, também aumentou a taxa de mortalidade por Alzheimer (3,2%), Parkinson (28,2%), diabetes (9%) e problemas renais (36,9%).