Saúde & bem-estar

Estudo propõe teste de sangue para determinar o melhor método para deixar de fumar

Um teste ao sangue do fumador poderá determinar o melhor método para abandonar o vício, concluiu um estudo da Universidade da Pensilvânia, que defende que em matéria de tabagismo, cada caso é um caso.

Após o ensaio clínico em que participaram 1.246 pessoas, os investigadores concluíram que o tratamento com o medicamento vareniclina é mais eficaz para os fumadores com um ritmo normal de eliminação de nicotina. Note-se que a vareniclina atua no cérebro de modo a aliviar a vontade de fumar.

Pelo contrário, para os fumadores com metabolismo mais lento, o mais tratamento mais eficaz é o dos adesivos de nicotina.

Publicado na revista “Lancet Respiratory Medicine”, o estudo defende que o medicamento vareniclina é mais eficaz do que os adesivos para as pessoas com metabolismos mais rápidos, uma vez que nestes casos, o nível de nicotina no organismo cai mais rapidamente, e sente-se mais depressa os sintomas da síndrome de abstinência.

Em relação aos fumadores com metabolismo mais lento, tanto o medicamento como o adesivo surtiram efeito, mas os efeitos secundários foram mais expressivos no tratamento com vareniclina, pelo que o ideal, neste caso, é limitar-se aos adesivos.

Caryn Lerman, que liderou o estudo, acredita que no futuro, o estudo poderá ter repercussão clínica direta.

O perito em tabagismo Carlos Jiménez Ruiz disse ao “El País” que “este tipo de análise está muito estandardizado e, apesar de ainda não estar disponível para o público em geral, não seria demasiado difícil consegui-lo”. “Quanto mais requisitados fossem os testes, mais baratos seriam”, sublinhou.

Em Portugal, mais de um quarto da população portuguesa fuma, de acordo com o relatório Prevenção e Controlo do Tabagismo em Números 2014, da Direção Geral de Saúde.

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