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Morreu o realizador italiano Francesco Rosi

O realizador italiano neorrealista Francesco Rosi, autor de “O Caso Mattei” e premiado no Festival de Veneza de 1972, morreu este sábado, dia 10, aos 92 anos, noticiou o “Corriere della Sera”.

O realizador ganhou fama internacional com o filme de 1962 “Salvatore Giuliano”, historicamente associado à Mafia e que defendia a independência da Sicília, e dez anos depois ganhou a Palma de Ouro do Festival de Cannes, com “O Caso Mattei”.

“Três Irmãos”, de 1981, valeu-lhe uma nomeação para melhor filme estrangeiro da academia dos Óscares.

Nascido a 15 de novembro de 1922, em Nápoles, frequentou o curso de direito antes de se dedicar ao teatro e ao cinema, trabalhou com os realizadores Luchino Visconti, nos filmes “Belissima” e “Sentimento”, e Michelangelo Antonioni.

“Fazer cinema significa um compromisso moral com a própria consciência e com o espetador. A ele devemos a honestidade de uma busca da verdade sem compromissos. À medida que nos afundamos na realidade, mais compreendemos que o certo e o justo não existem. Mas o que conta é a nitidez da busca”, afirmou o realizador.

Em 2009, foi homenageado com o Urso de Ouro honorário, pelo conjunto da obra, no Festival de Berlim, e três anos depois, em 2012, recebeu o Leão de Ouro do Festival de Veneza, também pela sua carreira.

De acordo o “Corriere della Sera”, Rosi, doente há várias semanas com uma bronquite, morreu de madrugada, durante o sono.

Francesco Rosi