O museu Hergé, em Louvain-la-Neuve, perto de Bruxelas, anulou por razões de segurança uma exposição dedicada às vítimas do atentado contra o semanário satírico francês “Charlie Hebdo” e que deveria ser inaugurada hoje, segundo a imprensa belga.
O cancelamento da exposição – decidido, na quarta-feira, após uma visita do autarca local acompanhado por responsáveis da polícia – foi justificado porque poderia colocar em risco os funcionários do museu e a população da cidade, a 20 quilómetros da capital belga.
“Ignorava que a situação (no país, que está em alerta 3, o penúltimo grau, devido a ameaças terroristas) era assim tão grave e que havia um estado de medo tão grande”, disse o diretor do museu, Nick Rodwell, ao “Le Soir”.
“O burgomestre e a polícia chamaram-nos a atenção para os perigos que a exposição poderia representar. Na verdade, não é o conteúdo mas sim o próprio tema que pode ser perigoso”, salientou.
O Governo belga destacou forças militares para reforçar a segurança em edifícios considerados de risco em Bruxelas e Antuérpia.
Outras quatro cidades, como Verviers – onde foi recentemente desmantelada uma alegada rede jihadista que preparava ataques contra instalações da polícia belga – pediram o destacamento de tropas.
