Conviver com animais de estimação em casa – seja cão, gato, coelho ou qualquer outro animal – ajuda crianças e adolescentes com autismo a melhorarem a capacidade de se relacionarem com as outras pessoas, de acordo com uma nova pesquisa da Universidade de Missouri, nos Estados Unidos.
O estudo baseou-se em entrevistas com os familiares de setenta crianças e adolescentes autistas, com idades entre os 8 e os 18 anos. Cerca de 70% dessas famílias tinham cães em casa e 30% tinham gatos. Alguns participantes também criavam outros animais, como coelhos, roedores, pássaros e peixes.
Os investigadores perguntaram aos familiares dos jovens como era a interação social de cada um, como se costumavam apresentar para desconhecidos, pedir informações ou responder a perguntas de outras pessoas. “Os autistas normalmente encontram dificuldades com esse tipo de interação social”, disse a coordenadora do trabalho, Gretchen Carlisle, do Centro de Pesquisa sobre Relações entre Humanos e Animais da Universidade de Missouri.
Segundo os resultados, conviver com qualquer animal de estimação em casa promove uma melhoria nesse sentido. Porém, os cães, especialmente os de menor tamanho, parecem ser os animais que trazem maior benefício a crianças e adolescentes que sofrem do distúrbio.
“As crianças com autismo nem sempre conseguem relacionar-se com outros indivíduos facilmente, mas ter um animal em casa pode fazer com que ela se sintam mais à vontade para conversar com outras pessoas sobre o seu animal de estimação, por exemplo”, explicou Gretchen.