Aos 31 anos, Débora Monteiro já se afirmou como atriz na ficção nacional e, atualmente é no papel de Rute Lopes na novela “Mar Salgado” que prende os portugueses aos serões da SIC. A sua personagem trabalha numa fábrica, mas sonha um dia casar com um homem rico.
Num registo cómico, faz rir os telespetadores, enquanto tenta prender Messias à sua ambição. E será que o guião a fará subir ao altar? “Já estou a entregar os convites, portanto pode acontecer”, atira a protagonista, sem tirar a curiosidade a quem segue a história, acrescentado: “Este papel foi um bombom que me deram e que eu estava a precisar. Vou gravar e divirto-me imenso, mas chego ao final do dia completamente exausta porque a Rute para a discussão ou para a boa disposição está sempre lá em cima, e isso desgasta-me completamente a energia”.
Na vida real, o dono do seu coração é o empresário Miguel Mouzinho, com quem soma já um longo namoro, mas não tenciona casar. “Até parece que não sou nada romântica… já falamos sobre isso e não temos esse sonho. Se um dia vier a acontecer vai ser uma coisa muito simples, com a família e os amigos vai ser o mais casual possível, não tenho o sonho do vestido de noiva”, justificou à Move Notícias, nos bastidores do evento “Namorar Portugal”, em Vila Verde.
Na noite do Dia de S. Valentim, Débora não contou com a companhia de Miguel, pois estava a trabalhar e “o Dia dos Namorados é todos os dias”: “Temos que alimentar isto todos os dias. Ele até me queria acompanhar por causa da viagem mas eu disse que não valia a pena, nós não ligamos muito à data”.
Ter filhos é algo que está nos planos do casal, mas “não para já”. “Tenho esse sonho e espero que seja para breve, acho que já estou a adiar muito. Tive o meu lado egoísta em que só pensava no trabalho, mas acho que já está na altura de começar a pensar nisso. Não vou prometer nada, mas em casa já falamos mais sobre esse assunto. Depois esta coisa de não ter lá a minha família e não ter a oportunidade de ficar a cuidar dos meus sobrinhos…” partilhou, demonstrando o despertar do relógio biológico.
Foi pela moda, como manequim aos 14 anos, que Débora entrou no mundo do trabalho e nunca mais parou. Hoje em dia, as passerelles são experiência esporádica mas mesmo “com medidas diferentes”, continua a achar graça aos desfiles. “É normal que agora me avaliem de outra forma de que quando era manequim. Há sempre algum nervosismo, mas sei que posso brincar mais, sorrir mais, dizer adeus se for o caso. Se me disserem adeus vou corresponder, não vou ser antipática, gosto disto. Sinto-me ‘fabolástica’”, afirmou usando uma expressão de Rute, a sua personagem na TV.
A vida profissional obrigou que migrasse para Lisboa, mas é em Vila Nova de Gaia que Débora tem a família mais próxima de quem sente falta. “Tenho saudades e hoje estou péssima, nem consigo falar sobre isso, só me apetece chorar. Estive o dia todo com o meu sobrinho mais pequenino, filho do meu irmão, saio daqui e vou ser a babysitter dele, amanhã vou ver o jogo de basquete da minha sobrinha, porque sinto que tenho este dever para com a minha família. E, depois de almoço, arranco para Lisboa pois tenho gravações na segunda”, confessou, com os olhos a brilhar de emoção.
Nortenha convicta e muito apegada às raízes, Débora tem noção de que as oportunidades estão na capital para onde se mudou há onze anos e onde sabe que tem que estar. Além disso, “lá tenho trabalho e também uma família”, acrescentou nitidamente realizada com o presente conquistado. Sem novos projetos a curto prazo, sente que quer “fazer uma pausa pequenina para descansar” após despir a pele de Rute, na novela mais vista em Portugal.
