A Organização Mundial de Saúde (OMS) anunciou ter aprovado o primeiro teste de diagnóstico rápido para o vírus do Ébola, em que o resultado é conhecido em 15 minutos e não requer um laboratório para ser efetuado.
Assim, as agências humanitárias internacionais, que prestam cuidados aos doentes nos três países mais afetados da África ocidental – Serra Leoa, Libéria e Guiné-Conakry -, podem adquirir e usar este teste.
O resultado deste novo tipo de diagnóstico é menos fiável que o teste até aqui usado (PCR), “mas é mais fácil de usar porque não precisa de eletricidade e pode ser realizado em pequenas instalações sanitárias ou móveis”, explicou o porta-voz da OMS, Tarik Jasarevic. Em caso de resultado positivo, este deverá ser confirmado através de uma análise ao sangue.
O novo teste, desenvolvido pela empresa Corgenix Medical Corp., não poderá ser adquirido de imediato por estar ainda sujeito a procedimentos administrativos nos Estados Unidos, que devem estar concluídos no prazo de duas semanas.
Segundo os dados mais recentes da OMS, 23.253 pessoas foram infetadas com o vírus do Ébola e 9.380 morreram nesta epidemia, que começou em dezembro de 2013 na África ocidental, a mais grave desde que o vírus foi identificado na África central em 1976.
Na semana passada, foram registados 74 novos casos na Serra Leoa, 45 dos quais na capital Freetown, e 52 na Guiné-Conakry.