O stress, a ansiedade e a depressão afetam a saúde oral, provocando o desgaste dentário, registando-se um aumento na ordem dos 40% de fraturas dentárias nos últimos anos. Esta tendência parece estar associada ao aumento do consumo de antidepressivos. Consumo excessivo de alimentos ácidos e a utilização de dentífricos branqueadores abrasivos são outras das causas apontadas.
Os antidepressivos são frequentemente associados à redução da saliva e sensação de “boca seca”. A diminuição dos níveis de saliva – cuja função é proteger dentes e gengivas de infeções – potencia o aparecimento de infeções e a erosão dentária, levando à fratura.
Já o ranger ou apertar os dentes, normalmente durante o sono, e que pode ser sintoma de stress, danifica o esmalte dentário, aumentando o risco de fratura, podendo levar à extração do dente afetado.
Outro dos responsáveis pela erosão dentária é uma dieta excessivamente ácida, através do consumo frequente de alimentos como refrigerantes, bebidas desportivas, sumos de fruta ou vinho.
A utilização de pastas dentífricas branqueadoras é também um fator de risco, quando o nível de abrasividade é elevado. Segundo a Food and Drug Administration (FDA), o nível de abrasividade máximo recomendado nas pastas de dentes é de 200 RDA (Radioactive Dentin Abrasion – Abrasão Dentária Radioactiva).
De acordo com Débora Rodríguez-Vilaboa, especialista em medicina dentária, “a escolha do dentífrico deve ter em conta um nível de erosão baixo, para evitar desgaste do esmalte, que irá potenciar o aparecimento de cáries e aumentar o risco de fratura”.