Tal como acontece com as mulheres, alguns homens também podem tornar-se menos férteis com a idade. E isso ocorre devido a vários factores, nomeadamente ambientais, como o excesso de trabalho, hipertensão ou consumo de medicamentos, de acordo com um estudo da Universidade de Stanford e dos Institutos Nacionais de Saúde dos EUA.
Cerca de 7,5% dos homens norte-americanos procuram o médico devido a problemas de infertilidade. Segundo o principal autor do estudo, o médico Michael Eisenberg, explorar as causas é importante, uma vez que os homens têm tido filhos cada vez mais tarde.
De acordo com ele, factores ambientais interferem na qualidade do sémen, ou seja, no número, na forma e na capacidade de movimentar dos espermatozoides.
Pesquisas anteriores já haviam mostrado que actividade física intensa, ou então trabalho intenso, produzem elevados níveis de esteroides supra-renais, que levam à deficiência de testosterona. Um deles é o cortisol, produzido em resposta ao stresse. Este acaba por permitir o esforço excessivo no trabalho e pode contribuir para o aumento da pressão e, consequentemente, para o uso de medicamentos.
Os pesquisadores analisaram o histórico de saúde, a actividade ocupacional e a qualidade do esperma de 456 homens com uma idade média de 32 anos. Todos eles estavam em relacionamentos estáveis e tentavam ter filhos. Assim, descobriram que 13% dos homens que executavam trabalhos pesados apresentaram uma baixa produção de esperma, em comparação com 6% dos que não eram muito activos. E 21% dos participantes que tinham hipertensão tinham uma qualidade de esperma menor em comparação com 17% dos homens sem hipertensão. A qualidade do sémen também se mostrou pior à medida que aumentava o número de medicamentos consumidos.
Além dos factores citados, sabe-se que tabagismo, ocorrência anterior de DST, cirrose, exposição a toxinas ambientais, doença falciforme e desnutrição têm sido associados a problemas de fertilidade.
Novos estudos podem como combater os efeitos negativos sobre a fertilidade nos homens.