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Ex-presidente de câmara francês encontrado morto

Jean Germain, ex-presidente da cidade francesa de Tours, foi encontrado morto na terça-feira, dia 7, dia em que seria ouvido em tribunal no julgamento do caso de corrupção “Casamentos Chineses”. O corpo foi encontrado perto da sua casa.

De acordo com as autoridades, o político escreveu na nota de despedida que era processado por “razões políticas”, o que ele considerava “insuportável”. Além disso, também negava as acusações na carta: “Sempre lutei pelo que acreditava fazer parte dos melhores interesses do povo de Tours”.

Germain, de 67 anos, era acusado de enriquecer ilegalmente com um negócio que promovia cerimónias de casamento para turistas chineses que viajavam a Tours entre 2007 e 2011. A principal acusada neste processo é Lise Han, de origem taiwanesa, que foi contratada para promover as relações entre França e China naquela região. De acordo com a imprensa, Han tinha uma empresa que organizava eventos e viagens para chineses, a Blue Lotus, concedendo contratos públicos a essa mesma empresa. Isto numa altura em que a câmara de Tours procurava atrair turistas asiáticos, ajudando com o financiamento das viagens. Assim, conseguiu desviar dezenas de milhares de euros através deste esquema.

Segundo a BBC, as viagens não incluíam a consumação de casamentos reais, mas casais viajavam longas distâncias para usufruir dos pacotes classificados como “românticos”. Mais de 200 casais viajaram da china para estas cerimónias falsas, aparecendo o presidente Jean Germain várias vezes nas fotografias de grupo.

Além da acusação de lucrar ilegalmente às custas do dinheiro público, Germain respondia também por cumplicidade com as atividades ilícitas de Lise Han.