Cultura

Manoel de Oliveira deixou filme para exibir depois da sua morte

O realizador, que faleceu aos 106 anos na última quinta-feira, rodou “Visita ou memórias e confissões”, em 1982, para ser mostrado publicamente só após a sua morte e a exibição será feita “nas próximas semanas”, revelou o diretor da Cinemateca, José Manuel Costa, à agência “Lusa”.

“É um filme que ele faz, que começa por ser uma referência à casa onde vivia, que teve de deixar por vicissitudes da sua vida. Ao despedir-se da casa quis lembrar coisas da sua vida. Tem um caráter pessoal que, devido a isso, ele pediu para só ser divulgado amplamente depois do seu falecimento”, acrescentou.

O filme conta com texto da escritora Agustina Bessa-Luís, vozes de Diogo Dória e Teresa Madruga, e o realizador depositou uma cópia na Cinemateca Portuguesa. Agora, o filme deverá ser mostrado no final de abril ou início de maio, em concordância com a família, em Lisboa e no Porto.

A Cinemateca Portuguesa preparou uma programação inteiramente dedicada a Manoel de Oliveira. Ao longo desta segunda-feira, dia 6, serão apresentados os filmes do cineasta “O Passado e o Presente” (1971) será exibido às 15h30, “O Quinto Império – Ontem como Hoje” (2004) pode ser visto às 19h00 e “Francisca” (1981) às 21h30.