Cultura

Manoel de Oliveira: Uma vida dedicada ao cinema

Manoel de Oliveira nasceu 13 anos depois dos irmãos Lumière terem inventado o cinema e dedicou a sua vida à sétima arte.

A sua primeira obra foi um documentário sobre a faina no Rio Douro, “Douro, Faina Fluvial”, rodado em 1931. Durante os primeiros anos da sua carreira filmou vários documentários e só em 1942 se aventurou na ficção com a adaptação ao cinema do conto “Os Meninos Milionários”, de João Rodrigues de Freitas.

Em 1942 filmou “Aniki-Bobó” (1942), um filme que na altura não teve grande sucesso comercial, mas que, com o tempo, se tornou num dos filmes mais icónicos da sua obra. O fracasso do filme, levou a que Manoel de Oliveira decidi-se abandonar outros projetos, envolvendo-se em negócios da família. Só voltaria ao cinema catorze anos depois com “O Pintor e a Cidade” (1956), em que filma a cores.

Realizou mais de 50 filmes, entre eles “Non, ou a Vã Glória de Mandar”, “A Divina Comédia”, “A Caixa”, “Vale Abraão”, “Inquietude”, “O Princípio da Incerteza” e mais recentemente, “O Estranho Caso de Angélica” ou “O Gebo e a Sombra”.

A sua última obra foi a curta-metragem “O Velho do Restelo”, que estreou no dia em que completou 106 anos, a 11 de dezembro de 2014.

Além de realizador também foi ator e participou segundo filme sonoro português, “A Canção de Lisboa” (1933), de Cottinelli Telmo

Ao longo da carreira recebeu várias homenagens, a última foi a condecoração com a Legião de Honra francesa, no ano passado. Além disso, tinha o título de cineasta mais velho do mundo em atividade.