Atualidade

Passos e Portas unidos por um “Governo estável”

O presidente do PSD, Pedro Passos Coelho, e o presidente do CDS-PP, Paulo Portas, apresentaram no sábado, dia 25, a coligação dos dois partidos às legislativas como a renovação de uma política de prudência que não prejudique “o que já foi feito”.

“Estamos a caminhar bem mas é preciso ter cuidado para não prejudicar o que já foi feito. Ser cauteloso nunca fez mal a quem assim procede em tempos de dificuldade”, declarou Passos Coelho, num hotel em Lisboa, onde os dois líderes assinaram um compromisso para uma coligação nas legislativas. Paulo Portas sugeriu aos portugueses “prudência e caldos de galinha com os que prometem ao mesmo tempo subir a despesa e baixar as receitas”. “Baixar o IRS e ao mesmo tempo disparar o défice e a dívida é uma ilusão porque a conta não fecha e os orçamentos, aliás, são verificados em Bruxelas”, acrescentou, numa crítica ao PS.

Portas defendeu que “o PSD e o CDS têm uma mais-valia específica juntamente com independentes” que é a de poderem “formar uma maioria que dê a Portugal um Governo estável”, sublinhando que “Portugal precisa disso para avançar”. O discurso de passos foi no mesmo sentido, salientando que “nunca antes se fez em Portugal uma coligação que trouxesse tanta estabilidade e também tanta confiança ao país”.

O presidente social-democrata referiu que “esta coligação não representa uma aliança do poder pelo poder, mas antes uma aliança de projeto que está a recuperar o país e a fazer reformas e mudanças que há tanto eram necessárias e esperadas para Portugal”.
“Seria uma contradição se a coligação não estivesse disponível para se renovar nas próximas eleições legislativas”, acrescentou Passos Coelho.

Os dirigentes mostraram-se em sintonia com as consequências das medidas tomadas nos últimos anos. “Estamos absolutamente conscientes do que muitos portugueses sofreram, das feridas que ainda existem, das dificuldades em muitas casas de muitas famílias portuguesas. Afinal, foi o esforço dos portugueses como um todo que salvou o nosso país da bancarrota”, disse Paulo Portas.
Já Passos Coelho afirmou: “Apesar do crescimento da economia e das melhorias registadas ao nível do emprego, há muitas feridas a sarar, muito a fazer pela coesão social e os nossos territórios, há muitos portugueses que aguardam por melhores notícias para um futuro melhor, é também com pensamento neles que precisamos de ter humildade e maturidade democrática de preservar este espírito de compromisso”.

O compromisso para uma coligação pré-eleitoral assinado pelos presidentes do PSD e do CDS-PP prevê a elaboração de listas conjuntas com base nos resultados das últimas legislativas. O compromisso deverá ser levado aos respetivos órgãos partidários na próxima semana.