Uma pesquisa sueca concluiu que crianças que presenciam eventos traumáticos na infância têm o risco três vezes maior de desenvolver diabetes do tipo 1.
O número de crianças que sofrem da doença tem crescido em todo o mundo. Por esta razão, os pesquisadores da Universidade Linköping decidiram estudar os fatores ambientais que podem influenciar o seu desenvolvimento. O estudo analisou se eventos potencialmente traumáticos na infância – como divórcio e morte e/ou doença na família, por exemplo – pode ser um fator de risco para a doença.
Foram analisados dados de mais de 10 mil famílias suecas com filhos de dois a catorze anos. No estudo, 58 crianças foram diagnosticadas com a diabetes tipo 1. Os pesquisadores observaram que aquelas que vivenciaram um evento traumático na infância tiveram três vezes mais risco de desenvolver a doença do que as que não vivenciaram. Os cientistas chegaram a essa conclusão depois de ajustar outros fatores de risco para a doença, como a predisposição genética para diabetes e escolaridade dos pais.
“O stress psicológico deveria ser tratado como um risco em potencial (para a doença), e examinado mais profundamente em estudos epidemiológicos futuros”, afirmam os autores no estudo.