Um estudo da associação de defesa do consumidor revela as desigualdades do preço da água de município para município, nalguns casos, são superiores a 400 euros na fatura anual. De acordo com a DECO, no distrito do Porto é onde os consumidores pagam mais. O valor da fatura é mais leve nas zonas do interior.
A associação comparou os tarifários de 150 municípios. No top 10 dos mais caros estão seis municípios do distrito do Porto, referiu a coordenadora do estudo, Antonieta Duarte: “Se tivermos em conta os três serviços sobrados na factura e um consumo de 10 metros cúbicos por mês de água, o consumidor pode pagar 492 euros (por ano) na Trofa, 431 euros em Santo Tirso, 420 euros em Paços de Ferreira”.
Os preços mais baixos na fatura da água são praticados pelos municípios do interior, havendo uma maior dispersão pelo território.
“Os municípios com preço mais baixo temos, por exemplo, Alcácer do Sal, no distrito de Setúbal; Barrancos, no distrito de Beja; Belmonte, distrito de Castelo Branco; Castro D’Aire, distrito de Viseu; Mondim de Basto, em Vila Real; Mora, distrito de Évora”, acrescentou.
O município com a água mais barata do país é Barrancos, com uma fatura de 76,5 euros por ano, sublinha a coordenadora do estudo. Assim, fazendo as contas, entre o município que pratica o tarifário mais caro, a Trofa, e o mais barato, Barrancos, a diferença anual na fatura da água é de 416 euros.
Recorde-se que este estudo surge numa altura em que o Governo quer avançar para a harmonização do tarifário da água.
