O Tribunal de Instrução Criminal (TIC) acusou a apresentadora da SIC de violência doméstica contra o ex-marido, Manuel Maria Carrilho, mas o Tribunal da Relação de Lisboa decidiu, na semana passada, não levar Bárbara Guimarães a julgamento e tece duras críticas à juíza do TIC.
Os desembargadores da Relação concluíram que a estrela da estação de Carnaxide nunca devia ter sido pronunciada por maus-tratos psicológicos ao ex-ministro da Cultura, já que durante a instrução não foram encontrados indícios do crime.
Ao decidir levar a apresentadora a julgamento – contrariando a decisão do Ministério Público (MP), que arquivara a queixa – e sem “indícios de prova suficientes”, a juíza de instrução “violou” os procedimentos previstos no Código de Processo Penal, concluiu o desembargador relator Cláudio Ximenes, numa decisão tomada por unanimidade.
Para o Tribunal da Relação os depoimentos de Carrilho, do seu filho José e do psiquiatra Joaquim Cabeças não constituem provas suficientes para levar a apresentadora a julgamento.
Além disso, o relator aponta que a juíza ignorou que Carrilho estava acusado de violência doméstica e que “os elementos recolhidos nesses autos indiciam fortemente que Bárbara foi vítima de Carrilho no mesmo período temporal”.