Uma equipa de investigação internacional – com a colaboração de 15 investigadores de vários países e liderada por Sónia Melo do Instituto de Patologia e Imunologia Molecular da Universidade do Porto (IPATIMUP) – conseguiu encontrar uma forma de detetar numa fase precoce doentes com elevada probabilidade de vir a desenvolver cancro do pâncreas.
Os sintomas do cancro do pâncreas surgem numa fase muito adiantada da doença, quando já pouco é possível fazer para travar o alastramento do tumor. Por isso, este é um dos tumores com taxas de mortalidade mais altas. A esperança de vida médica é de quatro a seis meses. Assim, esta descoberta pode representar “a diferença entre a vida e a morte”, explicou Sónia Melo.
O estudo, publicado na revista científica “Nature”, demonstra que cinco anos antes dos primeiros sinais da doença é possível encontrar exossomas no sangue com uma determinada proteína (glypican-1 ou GPC1) produzidos pelas células tumorais do pâncreas.
O novo método de deteção vai, no entanto, demorar vários anos a chegar aos hospitais.