A animação tomou conta das margens do Douro. Porto e Gaia celebraram o São João com muita animação, martelinhos, balões, sardinha assada e claro, um espectáculo de luz e som, com 15 mil disparos de fogo-de-artifício. As festividades tiveram início às 19h15 com o encontro dos autarcas das duas cidades na ponte Luiz I, numa cerimónia brindada com vinho do Porto. Numa noite “longa, divertida, alegre e feliz”, ambos os autarcas concordaram ser um momento de “grande atração turística”.
Depois, Rui Moreira despediu-se para ir comer as tradicionais sardinhas ao Centro Social do Barredo e mostrar as tradições da Invicta aos embaixadores dos EUA e de França, que o acompanharam na noitada. Ao presidente do outro lado da margem do rio Douro, Eduardo Vítor Rodrigues, juntou-se o secretário-geral do PS, António Costa, que comeu a sardinhada no Cais de Gaia, entre marteladas e uma vista deslumbrante.
“É com enorme prazer que assisto ao São João em Gaia, o ano passado estive do lado de lá e para o ano veremos, talvez fique no meio da ponte (Luiz I)”, disse António Costa, em tom de brincadeira, depois de no ano passado ter celebrado o São João no Porto.
Entre bailes e arraiais populares, muitos escolheram ouvir Mariza, que não se rogou a esforços para abrilhantar a festa em Vila Nova de Gaia, enquanto no Porto, José Cid deu música a milhares de pessoas que escolheram a baixa da cidade como ponto de celebração do santo padroeiro.
Helton, o guardião da baliza do FC do Porto, substituiu a fadista no palco do Cais de Gaia, depois da meia noite, com a sua banda UZÓME. Os brasileiros animaram os foliões que tiraram o pé do chão ao som dos ritmos quentes do Brasil. O atleta pegou nas baquetas e também cantou rapper, fazendo descansar por momentos o vocalista Tato Barcellos.
Respeitando a tradição, a festa saiu à rua e espalhou-se da Ribeira até à Foz, da Afurada ao Cais de Gaia e em todas as freguesias da beira-rio.
Fotos: José Gageiro