A foto de um aposentado grego a chorar, junto a uma agência bancária de Tessalônica, tornou-se a imagem da crise grega e também se tornou viral nas redes sociais.
“Não posso suportar ver meu país nesta miséria. Por isso, estava abatido, não pelo meu problema pessoal”, explicou Giorgos Shatzifotiadis, de 77 anos. Como muitos gregos, na última sexta-feira, o reformado tentou levantar no banco a quantia diária permitida no país pelas autoridades. “Os funcionários do banco disseram-me que não podia retirar o dinheiro. Então, desabei”, acrescentou.
Este domingo, dia 5, realiza-se o referendo que vai determinar o futuro da Grécia. A consulta popular vai decidir pela viabilização ou recusa do programa dos credores para o país, depois de uma semana de campanha intensa e troca inflamada de palavras entre o governo do Syriza e os credores europeus.
O referendo foi convocado depois da rutura das negociações entre Grécia e credores internacionais sobre os termos de um programa de reformas necessário para libertar a última tranche de apoio financeiro do atual programa de resgate do FMI.
As votações decorrem até às 19h00 na Grécia (duas horas mais cedo em Portugal Continental).
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