O ator egípcio Omar Sharif, conhecido pelos filmes “Dr. Jivago” e “Lawrence da Arábia”, morreu hoje, dia 10 de julho, aos 83 anos. Segundo o agente do ator, a causa da morte terá sido um ataque cardíaco.
Ganhou dois Globos de Ouro e uma nomeação para um Óscar, pelo seu desempenho no papel de Sherif Ali, no filme “Lawrence da Arábia”, de 1962. Três anos depois ganhou um Globo de Ouro pelo filme “Dr. Jivago”. Os seus olhos negros, pele morena e sotaque transformaram-no no galã exótico preferido de Hollywood nos anos 60 do século passado.
Omar Sharif sofria de Alzheimer. A doença foi-lhe diagnosticada no início deste ano.
Nascido em Alexandria a 10 de abril de 1932, no seio de uma família de origem libanesa e cristã (da igreja católica greco-melquita), Michel Demitri Chalhoub estudou no Victoria College, em Alexandria, onde se interessou pela representação. Licenciou-se em matemática e física antes na Universidade do Cairo antes de se mudar para Londres para estudar na Royal Academy of Dramatic Art.
Participou e protagonizou quase duas dezenas de filmes no Egito antes da fama em Hollywood e muitas mais dezenas depois. A última longa-metragem em que apareceu foi Rock The Casbah, em 2013, e narrou uma curta que deve estrear ainda este ano.
Em 1955 converteu-se ao islamismo para casar com a atriz egípcia Faten Hamama, de quem se divorciou duas décadas depois. O casamento desfez-se durantes as filmagens do filme Doutor Jivago, mas Sharif disse várias vezes que Faten foi o amor da sua vida. Tiveram um filho, Tarek El-Sharif, que aparece no filme Doutor Jivago a interpretar a personagem do pai na infância.
