A distância aproxima com uma rara magia.
Quando estamos fora do nosso recanto habitual o nosso espírito de “território”, de amor e paixão pelo que é nosso parece que ganha uma nova amplitude. Então quando se fala na nossa comidinha e nos nossos vinhos, não há quem nos controle o desejo.
Não é que este espírito não esteja sempre connosco mas é um facto que ficamos mais sensíveis ao que é nosso e ao que sentimos falta pela importância que lhe damos, quando estamos longe. Mesmo que por pouco tempo.
Mais ainda quando falamos de qualidade irrefutável. Hoje, basta trocar impressões com quem conhece e/ou estima o melhor que por aí anda em gastronomia e vinhos (seja em que parte do mundo for) que uma das maiores referências são sempre um conjunto de produtos e pratos portugueses. Mesmo com uns inofensivos, carentes, ou qualquer coisa semelhante a perdidos pseudo críticos coren(s) da vida.
Ainda há dias ouvi de alguém que vive fora do país qualquer coisa como “aposto que sei mais das notícias de Portugal, do que se passa lá, do que a maior parte dos portugueses. Vou ver o que está a acontecer de 5 em 5 minutos!”. É que às tantas é mesmo verdade, vive fora com uma carência acrescida de informação do que se está a passar “em casa”.
Estar fora, sentir orgulho do nosso ponto de partida. Sentir orgulho de dizer, com letra maiúscula, somos Portugueses é um desenlace de diferentes emoções que se levantam e incham com um olhar.
Com a certeza de voltar sabemos que por onde passamos deixamos marcas, entramos na vida e nas memórias de quem nos conhece pela facilidade com que nos relacionamos e valorizamos as pessoas e as suas raízes. Temos as nossas, sabemos a importância que trazem ao nosso percurso e à continuação da nossa história.
Com a certeza de voltar está a certeza de chegar, chegar a casa, chegar ao nosso cenário, chegar ao nosso país àquele que é nosso mas queremos muito partilhar. “Arre” coisa boa que temos sempre à mão que finalmente estamos a valorizar!
É premium, é uma referência e é tão nosso.
“- Não, não podemos rejuvenescer. Mas estou muito satisfeito – tinha concluído o Dr. Shaw – por ter tido esta oportunidade de observar a senilidade num ser humano. Agradeço-lhe muito o ter-me mandado chamar.” in. “Admirável Mundo Novo” Aldous Huxley