Cláudio Ramos, de 42 anos, tornou-se um dos rostos incontornáveis da SIC. A idade fica-lhe bem, e os cabelos grisalhos ajudam a reforçar o charme que o tempo lhe trouxe. Conquistou o público como comentador da vida dos famosos, “sem papas na língua” e com graça, impôs-se num formato de sátira que agrada. Há 12 anos a trabalhar nos vários projetos da manhã da estação de Carnaxide, o apresentador tem sabido reinventar-se e afirmar-se perante o público. Prova disso, foi a prova de confiança que a direção do canal lhe deu, deixando-o assumir a condução do “Queridas Manhãs” ao lado de Júlia Pinheiro, substituindo João Paulo Rodrigues, enquanto este se encontra de férias.
“Está a correr bem, já nos conhecemos os três há muito tempo, é um trabalho que gosto de fazer e que é com pessoas de que eu gosto”, afirmou à Move Notícias. No entanto, Cláudio Ramos garante que não tem ambição de ter o seu próprio programa na generalista. “É óbvio que qualquer profissional de televisão quer ter o seu próprio programa, mas não me posso queixar, tenho tido muito trabalho. Não me sinto menos realizado por não ter um programa meu, já pensei assim, mas agora não. Quero é ter trabalho e fazer aquilo que quero fazer, que é o que está a acontecer agora. Além disso, tenho o meu programa na SIC Caras, o ‘Contra Capa’”, confessou, visivelmente satisfeito com o rumo da sua vida profissional.
O sucesso do “Jornal Rosa”
Cláudio comenta a vida dos famosos no “Jornal Rosa”, rubrica do “Queridas Manhãs” onde edita e apresenta, um trabalho que diz estar já “cimentado”: “É a única rubrica feita com aquelas características em Portugal. Não dizemos mal, fazemos uma crítica sarcástica, com muito humor. É um lugar onde há credibilidade”.
Ao fim de vários anos como comentador do mundo cor-de-rosa, afiança que o grande desafio é manter o público interessado: “O ‘Jornal Rosa’ é diferente todas as semanas. Ou é uma rubrica nova ou uma maneira diferente de abordar as notícias”. Consciente do poder da imagem no pequeno ecrã, defende que os próprios profissionais se têm que reinventar, seja na “maneira de vestir ou no penteado”. “É importante ter uma vida paralela à televisão para que gere o interesse do público. Fazer outras coisas em televisão para que não seja só aquilo. Acima de tudo divertirmo-nos a fazer o nosso trabalho. Não me levo nada a sério, não tenho medo de arriscar, não me faz diferença nenhuma o que as pessoas dizem de mim”, acrescentou sem “papas na língua”.
Há 12 anos ininterruptos na SIC, Cláudio Ramos garante que não sente vontade de mudar de canal: “A SIC tem-me tratado lindamente, não há razão para sequer cogitar trabalhar em outro lado. Além da relação de trabalho, há uma relação de amizade, o que para mim é o mais importante”.
Relação com a filha
Televisão à parte, ser pai é o papel principal na vida do apresentador. A filha Leonor, de 11 anos, é a luz dos seus olhos. Leonor vive no Alentejo, mas Cláudio tem a preocupação de gerir a sua vida de forma a estar com a menina todas as semanas. “Ela vive no Alentejo, muito isolada desta realidade e como cresceu a ver-me na televisão, para ela é normal e não quer ter nada a ver com isto, quer ser dentista”, revelou, sem esconder o orgulho.
A relação entre pai e filha é muito cúmplice: “Ela é muito companheira, fala muito, é muito curiosa e faz-me muita companhia. Temos uma relação de cumplicidade. Faz-me confusão olhar para trás e ver que o tempo passou tão rápido. Assusta-me o facto de ela estar a crescer depressa”.
Outra das paixões de Cláudio Ramos é a escrita. O apresentador já conta com seis livros publicados, um deles um conto infantil “As Aventuras da Nocas”, e está a preparar um novo livro. “Não posso dar pormenores. Mas vai ser um projeto interessante, sairá no primeiro trimestre de 2016”, avançou. Falta saber se a nova obra será dedicada ao lifestyle ou se será outro romance. O público estará com certeza ansioso para descobrir.
Fotos: CAT