Os resultados da primeira Conta Satélite da Cultura mostram que as atividades económicas culturais geraram riqueza para o país. Os dados – que estão a partir de hoje disponíveis no sítio do INE na internet – mostram que o setor gerou, entre 2010 e 2012, 2,7 mil milhões de euros do Valor Acrescentado Bruto da economia portuguesa, superando as indústrias alimentares, agricultura e seguros.
O secretário de Estado da Cultura, Jorge Barreto Xavier, salientou que os 2,7 mil milhões de euros de retorno cultural foram contabilizados nos três anos de crise económica, o que permite antever um crescimento desse número numa próxima Conta Satélite.
As atividades económicas relacionadas com a cultura reúnem 2,2% do total de remuneração nacional e 2% do emprego, o que representa 88 mil pessoas. “Em termos práticos, a remuneração na área da cultura é, em média, superior à média da remuneração da economia portuguesa“, sublinhou, com base do documento do INE.
Os dados revelam que é no audiovisual e multimédia que se ganha mais (50,9% acima da média nacional). No extremo oposto encontram-se as artes visuais, onde se aufere um salário 12,5% inferior à média.
Já o setor dos livros e publicações é o que emprega mais pessoas, 36,6% do total, e o que gera mais riqueza, 33,2%. Segue-se o audiovisual e multimédia (11,7% e 22,6% pela mesma ordem). Apenas 13,9% das unidades culturais eram do setor livreiro e 5,1% são do audiovisual e multimédia. Um terço do total as 66 mil entidades culturais analisadas são das artes e do espetáculo.