Cultura

Monumentos, museus e palácios rendem quase um milhão por mês

As receitas dos monumentos, museus e palácios subiram 60 por cento, no primeiro semestre deste ano, em relação a 2014, atingindo quase seis milhões de euros, com os estrangeiros a representar dois terços dos visitantes, de acordo com números oficiais.

Estes números dizem respeito aos espaços culturais sob a tutela da Direção-Geral do Património Cultural (DGPC) e demonstram que, de janeiro a junho deste ano, somaram mais de 1,8 milhões de visitantes, que “renderam” 5,7 milhões de euros, mais dois milhões do que no mesmo período do ano passado.

Duas em cada três entradas não falavam português e o subdiretor-geral do Património Cultural Samuel Rego não tem dúvidas de que o turismo cultural está a aumentar e a incrementar o turismo geral.

“De certeza que isso já acontece. O potencial de crescimento do turismo cultural é muito grande, não só pela componente artística, mas porque a marca Portugal é associada a uma carga histórica perene. E isso, conjugado com essa busca desse perfil do turista com interesses culturais, só nos faz sentir otimistas em termos de públicos”, afirmou à agência “Lusa”.

Samuel Rego justifica ainda esse aumento de turismo cultural com o que chama de “singularidades” de Portugal: “(O Museu Monográfico de) Conímbriga, o Museu Nacional Soares dos Reis, o Convento de Cristo em Tomar, a Fortaleza de Sagres… são tudo a prova de que nós temos singularidades. Em termos de sociedade, Portugal também se comporta como tal: nós gostamos do nosso património, há um interesse generalizado em promover a Torre de Belém no exterior. As escolas, as universidades têm todas feito esse trabalho, há uma grande convergência e é uma alavanca para a economia nacional”.

Todos os anos tem aumentado o número de visitantes estrangeiros nos monumentos, museus e palácios, porque tem aumentado o fluxo turístico.

Além disso, o responsável aponto outro fator que contribuem para estes números: “Institucionalmente vivemos num país que tem dedicado muito do seu empenho e esforços, não só orçamentais como promocionais, na componente cultural. Por exemplo, o fado ganhou um impacto muito grande, as rotas das catedrais também foram publicitadas internacionalmente, as direções regionais de cultura têm trabalhado afincadamente na promoção do património. Estamos aqui a assistir a um conjunto de fatores que é um pais inteiro não só a zelar pelo seu património, mas a promove-lo internacionalmente”.