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Os dias difíceis de Renato Seabra na prisão

Desde 2011 que Renato Seabra está detido nos Estados Unidos, onde cumpre pena pela morte do cronista Carlos Castro.

A vida do jovem de Cantanhede, de 25 anos, não é fácil. Preso em Clinton, no Estado de Nova Iorque, o ex-manequim tem os dias bastante ocupados, o que o vai ajudando a cumprir a pena na cadeia de alta segurança. Além de ser sacristão na Igreja de São Dimas, Seabra também tem como tarefa ajudar a fazer as fardas para os outros reclusos. No entanto, o facto de lidar com indivíduos com personalidades difíceis e estar longe da família, afeta o estado de saúde do jovem, que de vez em quando “vai abaixo” ficando bastante doente. “Ainda recentemente esteve internado no hospital da cadeia durante mais de um mês”, contou uma fonte próxima da família à Move Notícias.

Longe de tudo e de todos, o recluso continua presente no pensamento e nas orações da família. Ainda há pouco tempo a sobrinha de Renato, Maria, foi batizada e o jovem foi o escolhido para padrinho, contudo teve que ser “representado pela mãe”, Odília Pereirinha. “Ele vai-se muito abaixo por estar a perder estes momentos importantes”, acrescentou a mesma fonte à nossa publicação, lembrando o nascimento de Afonso, o segundo filho da irmã, que nasceu há 15 dias e que ele tanto queria conhecer. Enquanto Odília Pereirinha viaja de três em três meses para os Estados Unidos para visitar o filho, para outros familiares é mais complicado ir com esta regularidade àquele país. “A irmã planeia lá ir no final do ano para lhe apresentar o sobrinho”, contou.

Amigos não desistem de o libertar
Odília Pereirinha recorreu da decisão do tribunal, porém ainda não se sabe o resultado. Entretanto, um amigo de Renato escreveu ao Ministério dos Negócios Estrangeiros a pedir às autoridades que tentem reduzir a pena do jovem, alertando para as más condições da cadeia de alta segurança. A Direção-Geral dos Assuntos Consulares e Comunidades Portuguesa respondeu que só os tribunais americanos podem reduzir a sentença.

Condenado a 25 anos de prisão por homicídio de segundo grau, Renato Seabra só terá direito a liberdade condicional a partir de 1 de Março de 2036. A pena é revista periodicamente e pode ser prolongada a perpétua em função do comportamento do réu.