Uma equipa de cientistas da University College London dizem ter encontrado evidências de uma possível transmissão da doença de Alzheimer durante procedimentos médicos. No estudo publicado na revista científica “Nature”, os pesquisadores argumentam que instrumentos cirúrgicos e agulhas podem apresentar um raro mas potencial risco de contágio.
Esta hipótese foi levantada durante um estudo aos cérebros de oito pessoas que morreram com Creutzfeldt–Jakob (CJD). As pessoas estudadas contraíram a doença depois de décadas a realizar um tratamento com hormonas de crescimento que foram retiradas de glândulas de cadáveres humanos. Seis dos cérebros desenvolveram, além das lesões provenientes da CJD, um tipo de lesão cerebral com o nome “angiopatia amiloide cerebral” que é associada à doença do Alzheimer.
“Esta é a primeira prova da real transmissão da patologia amilóide”, disse o neurocientista John Hardy da Universidade de Londres, acrescentando que esta situação “é potencialmente preocupante”.
Esta descoberta levanta a possibilidade de milhares de pessoas, que já fizeram tratamentos com hormonas de crescimento humanas, correrem o risco de desenvolver Alzheimer.
Entretanto, outros especialistas já refutaram os resultados do estudo, dizendo que estes são inconclusivos e que não significam que o Alzheimer possa ser contagioso.