O senado da Califórnia aprovou uma lei que permite que os doentes terminais recebam ajuda médica para morrer, estando a legalização da iniciativa dependente da assinatura do governador Jerry Brown.
A proposta, que tem levantado uma ampla discussão nos Estados Unidos, foi aprovada na quarta-feira na câmara baixa com os votos a favor de 43 parlamentares, contra de 34, e na sexta-feira, já sábado em Portugal, conseguiu 23 votos a favor e 14 contra no senado californiano, aguardando agora a assinatura do governador democrata para passar a ser lei.
Desde que Oregon aprovou a primeira morte medicamente assistida em 1997, os apoiantes têm lutado para que a permissão se expanda a outros estados. Contudo, a oposição apresentada por parte de alguns grupos religiosos e o ceticismo de algumas organizações médicas e de legisladores têm dificultado o trabalho dos apoiantes do movimento.
Porém, esta discussão ganhou um novo impulso depois do caso de Brittany Maynard, em novembro de 2014. Maynard, uma jovem enfermeira de 29 anos, teve de se mudar da Califórnia para receber a atenção médica de que necessitava para morrer, após ter sido diagnosticada com um cancro cerebral em fase terminal.
A Lei “Morte com Dignidade” ajudou 70 pessoas morrer no ano passado no Oregon.