O ciclo de encontros de homenagem a Mariano Gago começa esta quarta-feira, dia 30, no Centro Nacional de Cultura, em Lisboa, com a apresentação de um texto inédito do físico e antigo ministro da Ciência, que morreu no passado mês de abril.
De acordo Guilherme D’Oliveira Martins, presidente do Centro Nacional de Cultura (CNC), que promove o ciclo de encontros “Ciência, política e cultura científica”, o último texto de Mariano Gago, “reflete, numa perspetiva moderna, sobre o homem, a cultura científica e o desenvolvimento”.
Mariano Gago, considerado por muitos um grande impulsionador da ciência em Portugal, escreveu o texto cerca de três meses antes de morrer. As suas palavras vão ser lidas hoje, no CNC, pelo ator e encenador Jorge Silva Melo e pelo docente do Instituto Superior Técnico (IST) João Sentieiro, que foi presidente da Fundação para a Ciência e Tecnologia no segundo mandato governativo de Mariano Gago, entre 2006 e 2011.
No fim da sessão, que tem início às 18h00, haverá um debate com a historiadora Fernanda Rollo, o arquiteto Alexandre Alves Costa e o investigador Alexandre Quintanilha.
O ciclo de encontros – quatro e todos em Lisboa – inclui, a 22 de outubro e a 5 de novembro, respetivamente, painéis temáticos sobre o processo de adesão de Portugal à Organização Europeia para a Pesquisa Nuclear/CERN, onde Mariano Gago trabalhou, e sobre “desafios e oportunidades” da investigação do cancro, doença que vitimou o físico e ex-ministro dos governos socialistas de António Guterres e José Sócrates.
A iniciativa termina, a 20 de novembro, com uma conferência internacional sobre o estado da ciência e o conhecimento como futuro, à qual se associaram o secretário norte-americano da Energia, Ernest Moniz, a diretora-geral da UNESCO, Irina Bokova, o diretor-geral da agência espacial europeia ESA, o vice-presidente da agência espacial norte-americana NASA, o comissário europeu da Ciência, Carlos Moedas, e os ministros da Ciência de Moçambique e Angola, entre outras personalidades.
O ciclo “Ciência, política e cultura científica” começou a ser delineado pelo próprio Mariano Gago, a convite do CNC, que promove a iniciativa no âmbito das comemorações dos 70 anos da instituição.