O sexo raramente provoca enfartes e a maioria das pessoas que teve um ataque de coração pode retomar a atividade sexual, revela um estudo realizado por um grupo de cientistas da Universidade de Ulm, na Alemanha.
A pesquisa comparou a atividade sexual de pessoas entre os 30 e os 70 anos com taxas de enfartes e mortes por doença cardíaca, num universo de 536 pacientes com problemas cardíacos. A conclusão é a de que não existe qualquer relação entre o sexo e os problemas cardíacos. “Segundo os dados, parece muito improvável que a atividade sexual seja relevante para desencadear um ataque cardíaco”, refere, em comunicado, o principal investigador do estudo, o professor Rothenbacher Dietrich.
“Menos da metade dos homens e menos de um terço das mulheres recebem informação dos seus médicos sobre atividade sexual após um ataque do coração. É importante garantir aos pacientes que não é preciso preocuparem-se e que podem retomar a atividade sexual com normalidade”, acrescentou.
Os cientistas também avaliaram a relação entre o último encontro sexual do paciente e o momento do enfarte. Apenas 0,7% fizeram sexo uma hora antes do ataque e 78% teve a última relação sexual mais de um dia antes do incidente.