Com as contas bancárias investigadas a pente fino, a filha mais velha de Armando Vara junta-se ao rol de arguidos na “Operação Marquês”. Bárbara Vara terá sido interrogada a 9 de outubro no Departamento Central de Investigação e Acção Penal (DCIAP), em Lisboa.
A diretora da Polaris Sport, do agente da FIFA Jorge Mendes, está indiciada por fraude fiscal qualificada e branqueamento de capitais, por alegada cumplicidade com o pai. Os dois abriram contas conjuntas na Suíça, levantando suspeitas e lançando a investigação.
Bárbara Vara é accionista de duas empresas registadas em nome do antigo ministro e ex- administrador da CGD, entre elas a offshore Vama Holdings que terá recebido um milhão de euros de uma outra empresa offshore pertencente a Joaquim Barroca, administrador do Grupo Lena e também arguido no processo.
A lista de arguidos na “Operação Marquês” reúne agora José Sócrates, Armando Vara, Joaquim Barroca, Carlos Santos Silva, Gonçalo Trindade, João Perna, Paulo Lalanda de Castro, Diogo Gaspar Ferreira, Inês do Rosário e Bárbara Vara.
Apesar do estatuto de arguida, o Ministério Público não tem certezas de que Bárbara, de 36 anos, soubesse da transação que a envolve num dos mais escandalosos processos económico e político da última década e que já levou à prisão domiciliária do pai.
Discreta, mas sempre muito elegante, Bárbara Vara é presença habitual em eventos que envolvam alguns dos craques representados pela Gestifute, principalmente quando é a imagem deles que está em causa. Foi assim na apresentação da coleção de sapatos de Cristiano Ronaldo, em Guimarães, a 5 de outubro, onde na retaguarda tentou que nada falhasse, e também no casamento do superagente Jorge Mendes.