Um tufão passou pela televisão portuguesa, um programa degradante, sem nível e não condizente com a grande instituição desportiva portuguesa que é o Sporting Clube de Portugal. Bruno de Carvalho chefia o clube que um dia desejava ser “tão grande como os grandes da Europa”, após esse objetivo cumprido será preciso manter em tudo o que o clube esta inserido, incluindo no discurso um pouco mais de prudência e inteligência emocional.
Efetivamente, Pedro Guerra sempre demonstrou ter um carácter faccioso e pouco coerente, mais parece uma revista cor-de-rosa, mas a partir do momento em que o presidente do Sporting se sente incomodado com este tipo de “comentadeiros” é um mau pronúncio. Atuou como um adepto e não como um presidente, um líder que representa mais de 3 milhões de pessoas. Com isto não critico o trabalho de Bruno de Carvalho que tem sido meritório a vários níveis, há muito tempo que não se via a compatibilidade entre estrutura diretiva e adeptos, uma sintonia quase perfeita. Melhores resultados desportivos, regresso dos troféus, bons jogadores, bom futebol, Jorge Jesus, reestruturação financeira, tudo condimentos essenciais à afirmação do “miúdo” (como diziam os senhores que conduziram o Sporting à desgraça) que apesar das “boas notas” por vezes tem atitudes de uma rebeldia pouco racional. O caso mais flagrante aponta claramente para o programa recente do “Prolongamento”. Todos os grandes líderes têm que partir do princípio que são criticados todos os dias e sendo o futebol um produto tão comercial a nível de opinião a dose é ainda em maior escala. Definitivamente Pedros Guerras há muitos, difamadores também, é preciso conseguir gerir esse tipo de comentários deselegantes com uma postura de superioridade e indiferença, afinal quem é esse senhor?
Na verdade, não é com estas atitudes que se defende o clube, o Sporting merece uma defesa acérrima mas não desta maneira tão pouco cordial e condizente com o clube com a história do Sporting. Deste modo nunca é demais referir que o Sporting é mais do que isto assim como qualquer outra instituição histórica portuguesa desportiva. Não há palavras para descrever como o Sporting foi desrespeitado assim como os adeptos, parecia um presidente de um clube de bairro, sem nível, sem elegância a disparar para todo o lado.
Admito que tenha razão Bruno de Carvalho, em relação ao Benfica e às prendas, ao Carrillo e aos restantes dossiers, porém há maneiras e maneiras de denunciar estes acontecimentos.
Em suma, faço um apelo a todos os sportinguistas, que estão neste momento com uma espécie de “nacionalismo exagerado” galvanizado por uma nova postura presidencial, estilo Salazar (com isto não estou a chamar a Bruno de Carvalho um ditador), “orgulhosamente sós”, “tudo pela nação, nada contra a nação”, que pensem, reflitam e não sejam um autêntico “yes man” daquilo que diz e faz Bruno de Carvalho…