Depois de no passado sábado a GQ ter homenageado a modelo internacional Winnie Harlow pela sua “brilhante prestação” no mundo da moda com o prémio “Role Model”, a polémica instalou-se horas após a grande gala.
O motivo prendeu-se com o facto de a manequim ter escondido “Portugal”, com pequenas nuvens, no logótipo da GQ em duas das fotografias que publicou na rede social Instagram. Nos comentários das referidas fotografias, Winnie identificava, ainda, a GQ do Reino Unido ao invés da nacional que lhe atribuiu a distinção.
Seguida por milhões de pessoas em todo o Mundo, portugueses inclusive, rapidamente se multiplicaram os comentários depreciativos à volta da atitude da jovem acusando-a de “ser mal agradecida”.
Perante as acusações, Winnie decidiu publicar um comentário na mesma rede social a contar a sua versão da história. “Porque vocês querem uma explicação e eu quero pedir desculpa pela falha de comunicação: Tenho visto histórias sobre eu não querer um prémio entregue por Portugal. O que não faz sentido porque se esse fosse o caso, porque iria eu ao evento? Moro a 8 horas (de avião) de distância, se eu não achasse que é uma honra, não teria feito uma viagem tão longa para receber o prémio”, escreveu a modelo, que foi descoberta no programa “America’s Next Top Model”.
“Não posso acreditar que os rumores de uma pessoa possam transformar-se na verdade. Houve um problema com a organização do evento e com a minha agência, portanto não quis dar mais publicidade grátis ao evento. Se a versão da revista se chamasse ‘GQ Praias’ eu tinha coberto a palavra ‘Praias’. Não porque estava com vergonha de receber um prémio numa praia, mas porque essa versão específica da revista não lidou bem com a minha empresa”, acrescentou.
Winnie fez ainda questão de explicar o motivo pelo qual terá sido gerado esta “falta de comunicação”. “Acontece que esta versão da revista que patrocinava este evento chama-se ‘Portugal’. Quando tapei o nome não quis parecer antipatriota, ou que não gosto do país, ou que não queria o prémio desse país. A minha ideia era apenas tapar a publicidade para aquele evento específico”, explicou.
“Porque eu não quero que pensem que eu não me senti honrada pelo vosso país. Se essas fotos vos fazem sentir como tal, elas já desapareceram, e do fundo do meu coração eu nunca me senti dessa forma, por isso peço desculpa e quero mostrar a minha gratidão para com ao vosso país. Portugal”, terminou, e as fotografias foram removidas!
Nas publicações que fez, Winnie confessou ainda que deixou cair o galardão e que o mesmo se partiu.
Editor chefe da GQ desmente manequim
Entretanto, com a polémica instalada, José Santana, editor chefe da GQ, reagiu às palavras de Winnie desmentindo que a publicação tenha tido qualquer problema com a agência que a representa. “Lamentamos que a Winnie tenha esta atitude, demitindo-se das responsabilidades das suas ações, ao cobrir a palavra ‘Portugal’ no logo da GQ. Não houve qualquer problema com a sua agência. Durante a estadia de Winnie, ela foi tratada com respeito. Não foi Portugal que lhe deu o prémio de ‘Role Model’ foi a revista ‘GQ Portugal’, que faz parte da família ‘GQ’. Esta situação é uma desilusão para a equipa da ‘GQ’ Portugal e, principalmente, para todo o país, que celebra estes prémios connosco”, escreveu o responsável nas redes sociais, acrescentando que até ao final do dia a publicação irá emitir um comunicado oficial sobre o assunto.
Fotos: Alexandra Martins do Vale