Pelo menos 129 pessoas morreram – entre as quais um português – e 352 ficaram feridas, 99 em estado grave, nos atentados de sexta-feira 13, em Paris. Um português, de 63 anos, morreu perto do Stade de France, um dos locais visados nos atentados. Segundo a secretaria de Estado das Comunidades, trabalhava no transporte de passageiros e residia em França.
Um cidadão espanhol – Juan Alberto González Garrido, de 29 anos – dois belgas, dois romenos e duas tunisinas foram os estrangeiros identificados até ao momento, segundo as autoridades dos respetivos países.
O presidente francês François Hollande prometeu uma resposta “implacável para com os bárbaros do estado Islâmico” e ressalvou a importância de “uma França unida”.
O Estado Islâmico (EI) reivindicou o ataque através de um comunicado divulgado nas redes sociais, onde dizia que este é apenas “o começo de uma tempestade”.
Leia o comunicado na íntegra:
“Alá, o Todo-Poderoso, disse: e eles pensaram que as suas fortalezas os defenderiam de Alá. Mas Alá chegou de onde não o esperavam e lançou o terror nos seus corações. Eles demoliram as suas casas com suas próprias mãos e as mãos dos fiéis. Tirem disto uma lição, vós que sois clarividentes.
Num ataque abençoado por Alá, que facilita as suas causas, um grupo de soldados crentes no califado, a quem Alá deu poder e vitória, teve como alvo a capital da abominação e da perversão, aquela que carrega a bandeira da cruz na Europa, Paris.
Um grupo que se divorciou da vida avançou contra o inimigo, buscando morte no caminho de Alá, resgatando a religião, o Profeta e os seus aliados, e humilhando seus inimigos.
Eles são verdadeiros para com Alá e nós assim os consideramos.
Alá conquistou pelas suas mãos e lançou o medo no coração dos cruzados na sua própria terra.
Oito irmãos que carregavam cintos explosivos e armas atingiram áreas específicas no coração da capital francesa, escolhidas com antecedência: o Stade de France durante uma partida contra a Alemanha onde o imbecil do Hollande participava; o Bataclan onde centenas de idólatras se juntavam numa festa de perversidade, bem como outros alvos nos bairros 10º, 11º e 18º.
Paris tremeu sob os seus pés e as suas ruas tornaram-se estreitas por eles. O balanço dos seus ataques é no mínimo de 200 cruzados mortos e ainda mais feridos, e o louvor e mérito pertence a Alá.
Alá facilitou o caminho dos nossos irmãos e concedeu-lhes o que esperavam (o martírio), e desencadeou as suas cinturas de explosivos depois de esgotarem as suas munições no meio dos meliantes.
Alá aceita os mártires e permite-nos que nos juntemos a eles.
França e aqueles que seguem este caminho têm de saber que continuam a ser os principais alvos do Estado Islâmico e que continuarão a sentir o odor da morte por terem tomado a frente da cruzada, por terem insultado o nosso profeta, por se terem gabado de combater o Islão em França e por atacarem os muçulmanos no califado com os seus aviões, que não os ajudaram de forma alguma nas malcheirosas ruas de Paris.
Este ataque é apenas o começo de uma tempestade e um aviso para aqueles de vós que querem aprender a lição”.