Vinte e dois refugiados, que estavam no Egito, chegaram no sábado, dia 7, a Portugal, no âmbito da quota anual entre Portugal e o Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (ACNUR).
Inicialmente estava previsto a chegada de 44 refugiados, mas só chegaram metade, porque o voo comercial no qual viajava um grupo foi cancelado devido à greve de pessoal de cabine da Lufhtansa, não existindo ainda data para a chegada dos restantes, segundo o Serviço de Estrangeiros e Fronteiras (SEF).
Os 44 refugiados já deviam ter chegado a Portugal em setembro, mas uma situação burocrática no Egito impediu a sua saída do campo de refugiados do Cairo, avança a agência “Lusa”.
De acordo com o SEF, a maioria dos refugiados provém da Síria, existindo também cidadãos da Eritreia e Sudão, encontrando-se no Cairo já há algum tempo, sob mandado do ACNUR.
Os refugiados são maioritariamente famílias com crianças pequenas e vão ficar instalados em Penela e na área de Lisboa. A reinstalação está a ser preparada com a cooperação das Organizações Não Governamentais (ONG), como o Conselho Português para os Refugiados, o Serviço Jesuíta aos Refugiados e a Fundação Assistência, Desenvolvimento e Formação Profissional.
Estes refugiados não fazem parte dos mais de 4.500 que Portugal vai receber nos próximos dois anos ao abrigo do Programa de Relocalização de Refugiados na União Europeia, definido em setembro.
O primeiro grupo destes refugiados, composto por 30 pessoas e que se encontra em Itália, deve chegar a Portugal no final do mês de novembro.
Camas esgotadas no IKEA
Os refugiados continuam a chegar a vários países da Europa, principalmente à Alemanha e à Suécia. Esta migração até já provocou a quebra de stocks de camas e colchões no IKEA.
“Há alguma escassez em diversas lojas na Alemanha e na Suécia, devido à situação dos refugiados na Europa”, disse o porta-voz do grupo sueco, Josefin Thorell.
O IKEA não revelou o número de lojas afetadas, mas acrescentou que estão a falar com os fornecedores para acelerar as entregas.