A vacina da BCG, contra a tuberculose, continua em falta. A última previsão da Direção-Geral de Saúde (DGS) apontava para o fim de novembro, mas a única farmacêutica europeia que faz a vacina falhou a data. Agora, esta só deverá chegar em janeiro.
No entanto, as autoridades portuguesas afirmam que não há motivos para preocupação. “Sei que estão bastante angustiados porque tiveram os seus filhos em 2015 e ainda não foram vacinados, mas para a população em geral o risco é muito baixo pois o país atingiu um elevado controlo da tuberculose”, disse à TSF a subdiretora geral de saúde, Graça Freitas.
A responsável explica que Portugal teve de ativar um plano de contingência e procurar um laboratório alternativo, uma vez que ainda não há data prevista para receber a vacina da Dinamarca, onde os lotes contratados continuam em avaliação de qualidade: “A fonte com uma vacina mais parecida com a que usamos será um laboratório japonês que cumpre todas as regras de segurança”.
A responsável da DGS avanla que ao fim de seis meses sem a BCG, existem mais de 40 mil bebés à espera da vacina e não será possível vacinar todos no início de 2016, pois o país “não tem recursos nem vai receber vacinas suficientes para todas as crianças” em falta, assim serão criados grupos de maior ou menor risco, que depois poderão estar relacionados com a idade do bebé.