O Governo vai avançar no próximo ano com projetos-piloto de distribuição de medicamentos na área da oncologia e das doenças transmissíveis nas farmácias de rua. Esta medida consta de uma lista de iniciativas mais prioritárias estabelecidas pela própria tutela para os próximos 100 dias.
“Tentaremos encontrar nichos, perceber se aumenta a adesão do doente à terapêutica, se melhora resultados clínicos”, numa “articulação entre a farmácia e o médico hospitalar que segue o doente”, avançou o secretário de Estado adjunto da Saúde, Fernando Araújo, na conferência de imprensa em que foram apresentados os coordenadores nacionais para a reforma do Serviço Nacional de Saúde (SNS).
A entrega de medicação já está a ser discutida com a Ordem dos Farmacêuticos e associações de farmácias e pretende, explicou o secretário de Estado, “dar mais proximidade ao doente do tratamento e melhor a adesão à terapêutica”.
“Vamos analisar e perceber os efeitos da medida. Queremos melhorar a qualidade e permitir que seja mais fácil ao doente ir buscar a medicação. Este é um trabalho que tem de ser feito em rede”, acrescentou.
Além disso, está também previsto a criação de projetos-piloto com dentistas a dar consultas em centros de saúde, a criação de equipas fixas nas urgências dos hospitais, o avanço prático do enfermeiro de família, assim como a criação de ofertas que até agora são pouco comuns nos centros de saúde como exames e consultas de especialidades como pediatria, psicologia ou nutrição.