Ao contrário do que se possa pensar, a felicidade não ajuda a viver mais. Esta foi a conclusão a que chegou um estudo realizado por cientistas da Universidade Oxford (Inglaterra). Assim, a pesquisa destrói o mito de que a tristeza é a causa de uma saúde deteriorada.
Para verificar a relação entre a felicidade e a longevidade, os pesquisadores acompanharam mais de 700 mil mulheres acima de 50 anos durante uma década, na Inglaterra, num estudo intitulado “The Million Women Study”.
As participantes responderam a perguntas sobre saúde, felicidade, descanso, stress, depressão e indicadores de saúde, como pressão sanguínea, diabetes ou asma. De acordo com os pesquisadores, 39% disseram estar feliz a maior parte do tempo, 44% estavam geralmente felizes e 17% eram infelizes. No período de dez anos, 32 mil mulheres morreram. Analisando estatisticamente os dados de felizes e tristes, os cientistas não encontraram relação entre infelicidade e menor longevidade – felizes e tristes têm a mesma taxa de mortalidade.
“Em mulheres de meia-idade, uma saúde má pode causar infelicidade. Após ajustar essa associação e outros fatores, percebemos que a felicidade e medidas relacionadas a bem-estar não parecem ter nenhum efeito direto na mortalidade”, referem os pesquisadores.
No entanto, a infelicidade é capaz de prejudicar o organismo de outras formas, como levar as pessoas a comportamentos de risco, que podem ter efeitos na saúde.