O FBI confirmou que o tiroteio que ocorreu durante a tarde de sexta-feira numa festa natalícia do Departamento de Saúde Pública do Condado de San Bernardino, na Califórnia, que resultou na morte de 14 pessoas e de 17 feridos, foi um ato de terrorismo. Porém, o diretor do FBI, James Comey, assegurou “não existirem indicações” de que os presumíveis autores do ataque pertençam a uma célula terrorista mais ampla.
“Até agora, não temos nenhum indício de que estes assassinos integrem um grupo organizado de maiores dimensões ou sejam parte de uma célula. Não há nenhuma indicação de que sejam parte de uma rede”, afirmou Comey numa conferência de imprensa em Washington.
De acordo com o Los Angeles Times, um dos atiradores, Syed Rizwan Farook, esteve em contacto com membros de duas organizações terroristas internacionais: a Frente al-Nusra, da Síria, e a Al-Shabaab, da Somália.
Recorde-se que a CNN avançou que a mulher de Syed Farook, Tashfeen Malik, que também participou no massacre, partilhou uma publicação no Facebook glorificando e jurando fidelidade ao Estado Islâmico antes do tiroteio.
Os agentes não descartam a possibilidade de que os dois atiradores se tenham inspirado no Estado Islâmico para levarem a cabo o massacre, nos Estados Unidos.
Uma viagem à Arábia Saudita em 2013 terá sido determinante para mudar a vida de Farook. O fiscal do ambiente, que até então era visto pelos colegas de trabalho como um “muçulmano moderado que não discutia religião”, voltou a San Bernardino, na Califórnia. Depois, chegou a nova mulher, Tashfeen Malik, paquistanesa, já grávida. O casal deixou a filha de seis meses com a avó, pegou no arsenal de armas que Farook tinha adquirido ilegalmente e atacou o centro social onde o homem trabalhava. Acabaram por ser abatidos pela polícia.