O heptacloro epóxido, um pesticida utilizado até 1980 e encontrado no leite naquela altura, pode ser associado a sinais de Parkinson no cérebro, de acordo com um estudo publicado na revista “Neurology”.
Uma equipa da Universidade de Ciência Médica Shiga, no Japão, acompanhou 449 homens nipo-americanos inscritos no Estudo de Envelhecimento Honolulu-Ásia. Os participantes tinham uma idade média de 54 anos e foram acompanhados ao longo de 30 anos até à sua morte.
Resíduos de heptacloro epóxido foram encontrados em 90 por cento das pessoas que beberam mais leite, em comparação com 63 por cento entre os que não consumiam leite.
Os não fumadores que bebiam mais de duas chávenas de leite por dia tinham 40 por cento menos células cerebrais. Entre pessoas que fumaram em algum momento da sua vida, não houve associação entre a ingestão de leite e a perda de células cerebrais, o que suporta estudos anteriores que sugerem que os fumadores têm um risco menor de desenvolver a doença de Parkinson.
Apesar dos resultados, a equipa aponta limitações para o estudo que incluem a falta de provas de que os participantes beberam leite que continha heptacloro epóxido e o facto de a pesquisa não mostrar que o pesticida ou o consumo de leite causou a doença, mas sim apenas uma associação.