Televisão

Deolinda: O fenómeno

Começou por cantar em frente ao espelho onde “o outro lado” era o seu público. Apaixonada pela música, Deolinda Kinzimba é o mais recente caso de popularidade em Portugal.

Com milhares de seguidores nas redes sociais, depois das provas cegas do “The Voice” (as quais passou com distinção), e de ter chegado às galas em direto para arrasar, a jovem angolana garante que “sonhava com este lugar” e por isso tentou sempre “manter a confiança”: “Sempre soube que estava a competir com grandes vozes e todos merecemos uma oportunidade, mas acredito que com fé em Deus conseguirei ir longe”.

Após duas galas “emocionantes” onde deu voz a temas de dois dos seus ídolos – na sua estreia em direto interpretou “I have nothing” de Whitney Houston, e na segunda gala cantou o tema “Hurt” de Christina Aguilera – a jovem angolana não deixou de surpreender não só pelo seu potencial artístico, mas também por ter cantado em espanhol ao lado do seu mentor, Mickael Carreira: “Adorei cantar esta música -‘Io sin Ti’ -, foi uma experiência diferente onde pude mostrar que consigo dominar outra língua para além do inglês”.

Sem acusar a pressão por ser uma séria candidata à vitória do talent show da RTP, Deolinda confessa ter ficado “sem reação” quando percebeu que havia conseguido a maior percentagem de votação por parte do público, deixando Guilherme para trás.

Para o futuro, promete continuar a trabalhar para “surpreender o público” mantendo-se fiel ao estilo “das grandes divas”, como tem feito até aqui. “É o que quero para o meu futuro”, conclui.

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Curso de Direito passa a “plano B”

Depois de cinco anos a viver na Tanzânia com a irmã, Deolinda rumou a Portugal em 2014 – à cidade de Guimarães, onde vive atualmente – para ingressar no curso de direito.

Questionada sobre o rumo dos estudos face ao eventual primeiro lugar no pódio (que lhe irá garantir a gravação de um disco e quiçá marque o inicio de uma promissora carreira), a jovem brinca dizendo que “o curso ficará na faculdade”. “Neste momento o curso é um plano B. No entanto não quero deixar de apostar na minha formação, pois é importante para mim e por isso na medida do possível tentarei conciliar”, explica Deolinda que, segundo os colegas, “leva os livros sempre consigo”.

Fotos: Alexandra Martins do Vale