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Futebolistas provam que sabem pensar além de rematar

Para muitos, a escola fica para trás em prol de uma carreira de sucesso na alta competição, mas há quem contrarie as adversidades e, a par das defesas e dos golos, tenha licenciatura e até mestrado para mostrar que querer pode ser poder.

O médio do Rio Ave Tarantini é um dos bons exemplos nacionais. Licenciado em Ciências do Desporto e Desporto escolar, defendeu tese de mestrado em outubro de 2014 baseada na análise a uma equipa da Premier League. Tirou 18 valores. No plantel vilacondense, André Vilas Boas, Guedes e Aníbal Capela são outros futebolistas com cursos superiores.

No Moreirense, o médio André Fontes formou-se em Gestão de Empresas na Universidade de Coimbra. As cadeiras foram todas feitas por exame e a matrícula do mestrado está congelada até ter mais tempo para a ele se dedicar. Nuno Piloto, jogador da Académica de Coimbra, também tem o “canudo”. Licenciou-se em Bioquímica em 2005 e fez o mestrado em 2009.

Atualmente, os futebolistas já olham para o futuro com a noção de que a bola não dura para sempre e há que investir em outras áreas. Famílias e até clubes tentam que estudos e desporto funcionem em paralelo, sem prejuízos das partes, e o Sindicato de Jogadores Profissionais de Futebol (SJPF) celebrou protocolos com universidades e preparou outros apoios para incentivar os atletas.

No estrangeiro, o futebol vive-se numa dimensão superior, mas muitos dos seus protagonistas também têm canudo. No Barcelona, Andrés Iniesta, por exemplo, tem curso de Ciências de Atividade Física e do Desporto, as mesmas habilitações que o compatriota e jogador do Manchester United Juan Mata detém.