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Já começou o julgamento da infanta Cristina

Às 8h15 desta segunda-feira, dia 11, a infanta Cristina e o marido, Iñaki Urdangarín, chegaram ao tribunal de Palma de Maiorca, onde já teve início o julgamento do famoso Caso Nóos. A irmã e o cunhado do rei sentaram-se no banco dos réus ao lado dos outros 16 arguidos do processo, entre eles Diego Torres, ex-sócio de Iñaki.

Pela primeira vez um membro da família real vai ser julgado, por isso não é de estranhar que à chegada ao tribunal a infanta tinha à sua espera profissionais de 84 órgãos de comunicação social. No entanto, nem Cristina nem Urdangarín fizerem comentários.

Cristina está acusada de dois crimes fiscais como suposta cooperante necessária. O juiz José Castro, responsável pelo processo, considerou que o papel de Cristina foi imprescindível para a fraude de cerca de 337 mil euros às Finanças, levada a cabo pela Aizoon, empresa que tinha como sócios os ex-duques de Palma. A irmã do rei está acusada pela União Popular Mãos Limpas, que pede uma pena de oito anos de prisão. Já o Minstério Público não acusa Cristina de qualquer delito, apesar de admitir que se terá aproveitado dos fundos supostamente desviados pelo marido. Quanto a Iñaki, enfrenta as acusações de fraude fiscal, tráfico de influências, branqueamento de capitais, prevaricação e falsificação de documentos. O Ministério Público pede uma pena de 19 anos de prisão, enquanto a União Popular Mãos Limpas pede uma pena de 26 anos de prisão.

Nesta primeira sessão do julgamento, que é o culminar de seis anos de processo, está previsto que as partes apresentem as questões prévias. Nos dias seguintes, o tribunal decidirá se a irmã do rei continua ou não a ser julgada, já que poderá ser aplicada a doutrina Botín, que limita a ação das acusações populares.

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