Tozé Santos e Sá

Advogado

Um país sem tino

Numa semana de mudanças e com novo presidente da República eleito por maioria, noto que a política só dá cavaco a alguns, quase que se confundindo com outras feiras mediáticas.

Na hora da consagração, as aparências ofuscam as televisões que, ao sinal do satélite, preferem os doutores e chutam os calceteiros para canto, esquecendo-se que o chão que pisam teve mão de quem sabe da vida para além do que vem nos livros.

Ver os blocos noticiosos é um fartote de riso (para não chorar). Entre tragédias, surgem sempre os palhaços do costume que, à boleia do futebol, tentam promover teimosias, esquecendo-se que os anos passam e todos crescemos.

O discurso é tão triste e tonto que, às vezes, só me apetece dizer “vitória, vitória, acabou a história”, mas podiam trocar os protagonistas e passar ao outro lado da Segunda Circular.

Mais a norte, adoro o futebol de saltos altos que se insurge agora como que despertando do sono da bela adormecida para defender a honra julgada ferida. À prova de como se passa de bestial a besta num ápice, bastando às vezes trocar de cadeira ou falar, embora muitos só atingem a poesia quando calados.

Do outro lado, mas do Atlântico, ainda há quem sem mostre em mordomias relaxantes, como se fossem capazes de ditar moral, sabendo-se que fotos e lengalengas nas redes sociais servem a publicidade que paga luxos e experiências aqui ou lá fora.

Mundo cansativo este, mundo em que nada soa a verdade…

Atento para não cair em logros, vou tirar outros apontamentos… Até terça!