O Presidente dos Estados Unidos anunciou, na terça-feira, medidas executivas para controlar a venda de armas ao público. Barack Obama considerou-as urgentes para evitar as cerca de 30 mil mortes anuais provocadas por incidentes com armas de fogo.
Acompanhado por familiares de vítimas de atos violentos com armas de fogo, o líder norte-americano não conseguiu conter as lágrimas, quando recordou o tiroteio ocorrido em dezembro de 2012 na escola Sandy Hook de Newtown, no Estado do Connecticut, onde foram mortas a tiro 20 crianças e seis mulheres. “Cada vez que penso naquelas crianças fico furioso”, afirmou. “E isto acontece nas ruas de Chicago todos os dias”, afiançou, pedindo aos portadores de armas para que se juntem a esta luta.
O chefe de Estado insistiu que as medidas não são “um conluio” para, como afirma a maioria republicana, restringir o direito de aquisição de armas reconhecida pela Segunda Emenda da Constituição norte-americana.
“Sabemos que não podemos travar cada ato de violência, cada ato de maldade no mundo, mas talvez possamos evitar um”, salientou Obama, argumentando que o povo norte-americano não pode continuar a ser “refém” do “lóbi das armas”.
Uma das principais medidas propostas por Obama exige que qualquer pessoa que tenha um negócio relacionado com a venda de armas esteja registada, que obtenha uma licença federal e que assuma a obrigação de verificar os registos criminais e de saúde mental dos compradores.
Até agora, apenas os vendedores de armas com licença federal estavam obrigados a verificar os antecedentes dos compradores. As regras atuais não abrangiam os mercados informais como feiras ou os sites na Internet.
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