O Governo está a preparar o estatuto do “cuidador informal”, ou seja, uma série de direitos a nível da flexibilidade de horários e de benefícios fiscais para quem tem idosos a seu cargo em casa, de acordo com a TSF.
Manuel Lopes, Coordenador da Reforma do Serviço Nacional de Saúde na Área dos Cuidados Continuados Integrados, diz que este estatuto é urgente e já existe em vários países europeus. Há milhares de portugueses com enormes dificuldades em conciliar essa parte da vida pessoal com o trabalho.
“O cuidador informal é alguém que não tem formação profissional e que não é remunerado para exercer aquela função. Por norma é um familiar que acaba por assumir a função de cuidar de um dependente”, referiu o responsável.
Flexibilidade laboral “para que não percam o seu posto de trabalho”, benefícios fiscais e a possibilidade de um apoio técnico são as medidas que estão a ser preparadas por vários ministérios e que ainda têm de ser discutidas em concertação social.
Manuel Lopes admite que isto “mexe com todo o sector produtivo”, mas acredita que as empresas estarão disponíveis a aderir, dando como exemplo o que já ocorre com as crianças: “Nós criámos um sistema de apoio que flexibiliza o horário dos pais e conseguimos apoio; aqui o fenómeno é idêntico até porque a sociedade portuguesa está cada vez mais envelhecida”.
O Governo também pretende reforçar o apoio dos Cuidados Continuados em casa de forma a favorecer a continuação dos idosos em casa, bem como aumentar os apoios financeiros a quem está dependente.