Os homens que sofrem de disfunção erétil querem medicamentos que não lhes obriguem a programar a atividade sexual com tantas horas de antecedência. A maioria deseja soluções que possam ser tomadas 15 minutos antes da relação. Estas são algumas das conclusões do inquérito realizado por Andrea Burri, investigadora lusodescendente que trabalha no Departamento de Psicologia da Universidade de Zurique, recentemente publicado no International Journal of Impotence Research.
“O estudo teve como objetivo avaliar as necessidades e expetativas terapêuticas de pacientes com disfunção erétil numa diversidade de aspetos relacionados com a atividade sexual e com os medicamentos, tais como a importância da espontaneidade e naturalidade da relação, a satisfação do parceiro, múltiplos episódios no contexto de uma relação sexual, início ideal de ação, bem como a duração ideal do efeito do medicamento”, explica a autora.
No documento pode ler-se que “um rápido início de ação de cerca de 15 minutos e uma duração de ação inferior a 12 horas foram os aspetos considerados como prioritários por homens com disfunção erétil para poderem ir de encontro aos seus desejos e expetativas predominantes”.
Referindo-se os inquiridos àquilo que entendem como uma vida sexual plena, “a capacidade de proporcionar prazer ao parceiro foi considerado o aspeto mais importante”, revela Andrea Burri. A maioria dos homens (38,1%) considerou ainda que seria desejável um início de ação de cerca de 15 minutos. No seu conjunto, 95,9% dos homens consideraram ser desejável uma duração de ação até 4 horas e aproximadamente 71% dos homens entenderam uma duração superior a 12 horas como demasiado longa.
Os resultados foram obtidos através de inquérito online no qual participaram 1.124 homens com disfunção erétil e 410 homens saudáveis. “Todos os grupos consideraram como o aspeto mais importante relativo à função erétil a manutenção da ereção até o parceiro atingir o orgasmo”, conclui a investigadora.