John Guillebaud, professor de saúde reprodutiva da Universidade de Londres, defendeu que a dor menstrual “é tão má quanto um ataque cardíaco”.
“Os homens não entendem e o tema não tem tido a atenção que merece”, acrescentou o especialista ao jornal “The Telegraph”, acrescentando que a saúde da mulher carece de mais investigações científicas.
John Guillebaud diz que o discurso médico também não está alinhado às várias campanhas de sensibilização para o assunto que têm surgido nos últimos anos por outras vias (televisão e redes sociais).
Richard Legro, médico do Penn State College of Medicine, disse que a origem da dor menstrual “é uma pergunta para um milhão de dólares”. Mas Guillebaud defendeu que a dor é causada por cãibras no útero, enquanto o ginecologista Frank Tu referiu que se trata de uma combinação entre processos sensoriais, inflamações uterinas e problemas de fluxo sanguíneo.
A Academia Americana de Médicos de Família revela que a dor menstrual interfere com a qualidade de vida de uma em cada cinco mulheres. Contudo, a menstruação continua a ser um tabu, não apenas na sociedade, como também na política, na medicina e na ciência.