Atualidade

Tragédia de Caxias: Mãe atuou com “especial perversidade”

O Ministério Público (MP) qualifica de “especial censurabilidade ou perversidade” a atuação da mãe das duas crianças levadas para o rio Tejo, junto à praia de Caxias, Oeiras, através de um comunicado divulgado pela Procuradoria-Geral Distrital de Lisboa (PGDL).

“Os elementos probatórios reunidos indiciam a prática de dois crimes de homicídio qualificado cometidos em circunstâncias reveladoras de especial censurabilidade ou perversidade, como sejam a qualidade de progenitora das menores, e a muito especial fragilidade e vulnerabilidade das vítimas motivada pela sua tenra idade (3 anos e 20 meses), e inerente impossibilidade de se defenderem”, lê-se na nota da PGDL.

A bebé morreu e a irmã de 3 anos continua desaparecida desde a noite de segunda-feira. O alerta foi dado por um taxista que viu uma mulher, de 37 anos, sair da água, em pânico e em avançado estado de hipotermia, a afirmar que as suas duas filhas estavam dentro de água.

A criança de 20 meses foi resgatada e alvo de tentativa de reanimação, mas sem sucesso.

A mãe, Sónia Lima, foi internada no Hospital de Santa Maria e posteriormente detida pela Polícia Judiciária após ter alta hospitalar. Agora, vai assistir ao desenrolar do caso, no qual está indiciada por duplo homicídio qualificado, em prisão preventiva.

A investigação está a cargo do Ministério Público de Oeiras e o processo encontra-se em segredo de justiça.

As buscas para encontrar a criança desaparecida continuam.